domingo, 22 de agosto de 2010

COMO OPERA A CULTURA

PROLICENCIATURA - Artes Visuais
UnB / IdA / Grupo Arteduca
MÓDULO 6 - Antropologia
ALUNO: Deny Ardaia da Silva

FICHAMENTO
COMO OPERA A CULTURA Por Roque de Barros Laraia
A CULTURA CONDICIONA A VISÃO DE MUNDO DO HOMEM
1 Ruth Benedict escreveu em seu livro O crisântemo e a espada[1] que a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Homens de culturas diferentes usam lentes diversas e, portanto, têm visões desencontradas das coisas.
A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade. Por isto, discriminamos o comportamento desviante.
O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma he rança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma de terminada cultura.

Graças ao que foi dito acima, podemos entender o fato de que indivíduos de culturas diferentes podem ser facilmente identificados por uma série de características, tais como o modo de agir, vestir, caminhar, comer, sem mencionar a evidência das diferenças lingüísticas, o fato de mais imediata observação empírica.
Mesmo o exercício de atividades consideradas como parte da fisiologia humana podem refletir diferenças de cultura. Tomemos, por exemplo, o riso. Rir é uma propriedade do homem e dos primatas superiores. O riso se expressa, primariamente, através da contração de determinados músculos da face e da emissão de um determinado tipo de som vocal. O riso exprime quase sempre um estado de alegria. Todos os homens riem, mas o fazem de maneira diferente por motivos diversos.

O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como conseqüência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada de etnocentrismo é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais.
O etnocentrismo de fato, é um fenômeno universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo a sua única expressão. As autodenominações de diferentes grupos refletem este ponto de vis ta...Tais crenças contêm o germe do racismo, da intolerância, e, freqüentemente são utilizadas para justificar a violência praticada contra os outros.
A dicotomia “nós e os outros” expressa em níveis diferentes essa tendência. Dentro de uma mesma sociedade a divisão ocorre sob a forma de parentes e não-parentes. Os primeiros são melhores por definição e recebem um trata­mento diferenciado. A projeção desta dicotomia para o plano extragrupal resulta nas manifestações nacionalistas ou formas mais extremadas de xenofobia.
O ponto fundamental de referência não é a humanidade, mas o grupo. Daí a reação, ou pelo menos a estranheza, em relação aos estrangeiros. A chegada de um estranho em determinadas comunidades pode ser considerada como a quebra da ordem social ou sobrenatural. Os Xamã Surui (índios Tupi do Pará) defumam com seus grandes charutos rituais os primeiros visitantes da aldeia, a fim de purifica-los e torná-los inofensivos.
O costume de discriminar os que são diferentes, por que pertencem a outro grupo, pode ser encontrado mesmo dentro de uma sociedade. A relação de parentesco consangüíneo afim pode ser tomada como exemplo
Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais.
2. A CULTURA INTERFERE NO PLANO BIOLÓGICO
Vimos, acima, que a cultura interfere na satisfação das necessidades fisiológicas básicas. Veremos, agora, como ela pode condicionar outros aspectos biológicos e até mesmo decidir sobre a vida e a morte dos membros do sistema.
Comecemos pela reação oposta ao etnocentrismo, que é a apatia. Em lugar da superestima dos valores de sua própria sociedade, numa dada situação de crise os membros de uma cultura abandonam a crença nas mesmas e, conseqüentemente, perdem a motivação que os mantém unidos e vi vos. Diversos exemplos dramáticos deste tipo de comporta mento anômico são encontrados em nossa própria história.
Os africanos removidos violentamente de seu continente (ou seja, de seu ecossistema e de seu contexto cultural) e transportados como escravos para uma terra estranha, habitada por pessoas de fenotipia, costumes e línguas diferentes, perdiam toda a motivação de continuar vivos. Mui­tos foram os suicídios praticados, e outros acabavam sendo mortos pelo mal que foi denominado de banzo. Traduzido como saudade, o banzo é de fato uma forma de morte de corrente da apatia.
É muito rica a etnografia africana no que se refere às mortes causadas por feitiçaria. A vítima, acreditando efetivamente no poder do mágico e de sua magia, acaba realmente morrendo. Pertti Pelto descreve esse tipo de morte como sendo conseqüência de um profundo choque psicofisiológico: “A vítima perde o apetite e a sede, a pressão sangüínea cai, o plasma sangüíneo escapa para os tecidos e o coração deteriora. Ela morre de choque, o que é fisiologicamente a mesma coisa que choque de ferimento na guerra e nas mortes de acidente de estrada”. E de se supor que em todos os casos relatados o procedimento orgânico que leva ao desenlace tenha sido o mesmo.
A cultura também é capaz de provocar curas de doenças, reais ou imaginárias. Estas curas ocorrem quando existe a fé do doente na eficácia do remédio ou no poder dos agentes culturais. Um destes agentes é o xamã de nossas sociedades tribais (entre os Tupi, conhecidos pela denominação de pai’é ou pajé). Basicamente, a técnica de cura do xamã consiste em uma sessão de cantos e danças, além da defumação do paciente com a fumaça de seus grandes charutos (petin), e a posterior retirada de um objeto estranho do interior do corpo do doente por meio de sucção. O fato de que esse pequeno objeto (pedaço de osso, insetos mor tos etc.) tenha sido ocultado dentro de sua boca, desde o inicio do ritual, não é importante. O que importa é que o doente é tomado de urna sensação de alivio, e em muitos casos a cura se efetiva.
3. OS INDIVÍDUOS PARTICIPAM DIFERENTEMENTE DE SUA CULTURA
A participação do indivíduo em sua cultura é sempre limitada; nenhuma pessoa é capaz de participar de todos os ele mentos de sua cultura. Este fato é tão verdadeiro nas sociedades complexas com um alto grau de especialização, quanto nas simples, onde a especialização refere-se apenas as determinadas pelas diferenças de sexo e de idade.
Com exceção de algumas sociedades africanas — nas quais as mulheres desempenham papéis importantes na vida ritual e econômica —, a maior parte das sociedades humanas permite uma mais ampla participação na vida cultural aos elementos do sexo masculino. Grande parte da vida ritual do Xingu, por exemplo, é interditada às mulheres. Estas não podem ver as flautas Jacui e as que quebram esta interdição sofrem o risco de graves sanções. Em alguns segmentos de nossa sociedade, o trabalho fora de casa é considerado inconveniente para o sexo feminino. Como já discutimos este tema na primeira parte deste trabalho, quando trata mos dos determinismos biológicos; vamos nos limitar a uma discussão mais ampla das restrições decorrentes das categorias etárias.
E óbvio que a participação de um indivíduo em sua cultura depende de sua idade. Mas é necessário saber que esta afirmação permite dois tipos de explicações: uma de ordem cronológica e outra estritamente cultural.
Existem limitações que são objetivamente determina das pela idade: uma criança não está apta para exercer certas atividades próprias de adultos, da mesma forma que um velho já não é capaz de realizar algumas tarefas. Estes impedimentos decorrem geralmente da incapacidade do desempenho de funções que dependem da força física ou agilidade, como as referentes à guerra, à caça etc. Entre outras funções podemos incluir as que dependem do acúmulo de uma
experiência obtida através de muitos anos de preparação. Torna-se fácil entender porque estas são interditadas às crianças e aos jovens e reservadas às pessoas maduras, como certos cargos políticos etc.
Os grupos tribais utilizam métodos mais evidentes para estabelecer esta distinção: uma moça é considerada adulta logo após a primeira menstruação, podendo a seguir exercer plenamente todos os papéis femininos. Em contra partida, pode-se afirmar que é evidente que urna jovem de 12 ou 13 anos não está ainda adequadamente socializada para exercer esses papéis numa sociedade complexa. Mas mesmo numa sociedade simples a determinação idêntica para um jovem do sexo masculino não parece ser tão fácil. Provavelmente depende do desempenho individual dos candidatos a um novo status.
Mas, qualquer que seja a sociedade, não existe a possibilidade de um individuo dominar todos os aspectos de sua cultura. Isto porque, como afirmou Marion Levy Jr.[6], “nenhum sistema de socialização é idealmente perfeito, em nenhuma sociedade são todos os indivíduos igualmente bem socializados, e ninguém é perfeitamente socializado. Um indivíduo não pode ser igualmente familiarizado com todos os aspectos de sua sociedade; pelo contrário, ele pode permanecer completamente ignorante a respeito de alguns aspectos”. Exemplificando: Einstein era um gênio na física, um medíocre violinista e, provavelmente, seria um completo desastre como pintor.

O importante, porém, é que deve existir um mínimo de participação do individuo na pauta de conhecimento da cultura a fim de permitir a sua articulação com os demais membros da sociedade Todos necessitam saber como agir em determinadas situações e, também, como prever o comportamento dos outros. Somente assim é possível o controle de determinadas ações. Apesar disso tudo há sempre o risco de perda do controle da situação, porque “em nenhuma sociedade todas condições são previsíveis e controladas”.[7]
De fato, os indivíduos podem perder o controle da situação, embora na maioria dos casos isto não seja verdadeiro. E não o é porque o conhecimento mínimo referido abrange um certo número de padrões de comportamento que são regulares e, portanto, permitem a previsão.
4. A CULTURA TEM UMA LÓGICA PRÓPRIA
Já foi o tempo em que se admitia existir sistemas culturais lógicos e sistemas culturais pré-lógicos. Levy-Bruhl, em seu livro A mentalidade primitiva[10], admitia mesmo que a humanidade podia ser dividida entre aqueles que possuíam um pensamento lógico e os que estavam numa fase pré-lógica. Tal afirmação não encontrou, por parte dos pesquisadores de campo, qualquer confirmação empírica. Todo sistema cultural tem a sua própria lógica e não passa de um ato primário de etnocentrismo tentar transferir a lógica de um sistema para outro. Infelizmente, a tendência mais comum é de considerar lógico apenas o próprio sistema e atribuir aos demais um alto grau de irracionalismo.
A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do sistema a que pertence.
Um trabalho fundamental para a compreensão deste problema é o livro de Claude Lévi-Strauss, O pensamento selvagem[11], que refuta a abordagem evolucionista de que as sociedades simples dispõem de um pensamento mágico que antecede o científico e que, portanto, lhe é inferior. “O pensamento mágico — diz Lévi-Strauss — não é um começo, um esboço, uma iniciação, a parte de um todo que não se realizou; forma um sistema bem articulado, independente deste outro sistema que constituirá a ciência, salvo a analogia formal que as aproxima e que faz do primeiro uma ex pressão metafórica do segundo.” Assim, ao invés de um continuo magia, religião e ciência, temos de fato sistemas simultâneos e não-sucessivos na história da humanidade.
A ciência não depende da dicotomia entre os tipos de pensamento citados acima, mas de instrumentos de observação, pois como enfatizou Lévi-Strauss: “o sábio nunca dialoga com a natureza pura, senão com um determinado esta­do de relação entre a natureza e a cultura, definida por um período da história em que vive, a civilização que é a sua e os meios materiais que dispõem”.
Sem estes meios materiais o homem tem que tirar conclusões a partir de sua observação direta, valendo-se apenas do instrumental sensorial que dispõe. Assim, não é nada ilógico supor que é o Sol que gira em torno da Terra, pois é esta sua sensação. Uma conhecida nossa perguntou a um caipira paulista como é que o sol morre todos os dias no oeste e nasce no leste “Ele volta apagado durante a noite”, foi a resposta que obteve. Menos que um pensa mento absurdo, trata-se de uma outra concepção a respeito do universo, obviamente diferente da nossa, que dispomos das informações obtidas por sofisticados observatórios astronômicos.
Sem o auxilio do microscópio é impossível imaginar a existência de germes, dai ser mais fácil admitir que as doenças são decorrentes da intromissão de seres sobrenaturais malignos. E, conseqüentemente, o tratamento deve ser formulado a partir de sessões xamanísticas, capazes de controlar e exorcizar essas entidades.
O que podemos deduzir da analogia formulada por Needham é que cada cultura ordenou a seu modo o mundo que a circunscreve e que esta ordenação dá um sentido cultural à aparente confusão das coisas naturais. É este procedimento que consiste em um sistema de classificação.
5. A CULTURA É DINÂMICA
Podemos agora afirmar que existem dois tipos de mu­dança cultural: uma que é interna, resultante da dinâmica do próprio sistema cultural, e uma segunda que o resultado do contato de um sistema cultural com um outro.
No primeiro caso, a mudança pode ser lenta, quase impercebível para o observador que não tenha o suporte de bons dados diacrônicos. O ritmo, porém, pode ser alterado por eventos históricos tais como uma catástrofe, uma grande inovação tecnológica ou uma dramática situação de contato.
O segundo caso, como vimos na afirmação do Manifesto sobre aculturação, pode ser mais rápido e brusco. No caso dos índios brasileiros, representou uma verdadeira catástrofe. Mas, também, pode ser um processo menos radical, onde a troca de padrões culturais ocorre sem grandes traumas.
Este segundo tipo de mudança, além de ser o mais estudado, é o mais atuante na maior parte das sociedades humanas. É praticamente impossível imaginar a existência de um sistema cultural que seja afetado apenas pela mudança interna. Isto somente seria possível no caso, quase absurdo, de um povo totalmente isolado dos demais. Por isto, a mudança proveniente de causas externas mereceu sempre uma grande atenção por parte dos antropólogos. Para ateu dê-la foi necessário o desenvolvimento de um esquema conceitual específico. Surge, então, o conceito de aculturação, utilizado desde o início do século pela antropologia alemã e a partir de 1928 pelos antropólogos anglo-saxões. Através destes o conceito atinge o nosso meio acadêmico, mas somente passa a ser utilizado amplamente a partir dos anos 50, depois que Eduardo Galvão apresentou o seu “Estudo de Aculturação dos Grupos Indígenas Brasileiros” na I Reunião Brasileira de Antropologia, em 1953.
São essas aparentemente pequenas mudanças que cavam o fosso entre as gerações, que faz com que os pais não se reconheçam nos filhos e estes se surpreendam com a “caretice” de seus progenitores, incapazes de reconhecer que a cultura está sempre mudando.
O tempo constitui um elemento importante na análise de uma cultura. Nesse mesmo quarto de século, muda ram-se os padrões de beleza. Regras morais que eram vigentes passaram a ser consideradas nulas...Entretanto, elas não ocorrem com a tranqüilidade que descrevemos. Cada mu dança, por menor que seja, representa o desenlace de numerosos conflitos. Isto porque em cada momento as sociedades humanas são palco do embate entre as tendências conservadoras e as inovadoras. As primeiras pretendem manter os hábitos inalterados, muitas vezes atribuindo aos mesmos uma legitimidade de ordem sobrenatural. As segundas contestam a sua permanência e pretendem substitui-los por novos procedimentos.
Talvez seja mais fácil explicar a mudança raciocinando em termos de padrões ideais e padrões reais de comportamento. Nem sempre os padrões ideais podem ser efetiva dos. Neste caso, as pessoas agem diferentemente (esta ação constitui os padrões reais), mas consideram que os seus procedimentos não são exatamente os mais desejados pela sociedade.
Concluindo, cada sistema cultural está sempre em mu­dança. Entender esta dinâmica é importante para atenuar o choque entre as gerações e evitar comportamentos preconceituosos. Da mesma forma que é fundamental para a humanidade a compreensão das diferenças entre povos de culturas diferentes, é necessário saber entender as diferenças que ocorrem dentro do mesmo sistema. Este é o único procedimento que prepara o homem para enfrentar serenamente este constante e admirável mundo novo do porvir.
Anexo 1: UMA EXPERIÊNCIA ABSURDA
...não há nenhuma língua humana natural e, portanto, nenhuma língua humana orgânica.
...a linguagem, para o indivíduo humano como para a raça humana, é uma coisa inteiramente adquirida e não hereditária, completamente externa e não interna — um produto social e não um crescimento orgânico.1
... isso sugere não existir o que chamamos de natureza humana independente da cultura. Os homens sem cultura não seriam os selvagens inteligentes de Lord of the Flies, de Golding, atirados à sabedoria cruel dos seus instintos animais; nem seriam eles os bons selvagens do primitivismo iluminista, ou até mesmo, como a antropologia insinua, os macacos intrinsecamente talentosos que, por algum motivo, deixaram de se encontrar. Eles seriam monstruosidades incontroláveis, com muito poucos instintos úteis, menos sentimentos reconhecíveis e nenhum intelecto: verdadeiros casos psiquiátricos. Como nosso sistema nervoso central — e principal-mente a maldição e glória que o coroam, o neocórtex — cresceu, em sua maior parte, em interação com a cultura, ele é incapaz de dirigir nosso comportamento ou organizar nossa experiência sem a orientação fornecida por sistemas de símbolos significantes.2
Anexo 2: DIFUSÃO DA CULTURA
Não resta dúvida que grande parte dos padrões culturais de um dado sistema não foram criados por um processo autóctone, foram copiados de outros sistemas culturais. A esses empréstimos culturais a antropologia denomina difusão. Os antropólogos estão convencidos de que, sem a difusão, não seria possível o grande desenvolvimento atual da humanidade. Nas primeiras décadas do século XX, duas escolas antropológicas (uma inglesa, outra alemã), denominadas difusionistas, tentaram analisar esse processo. O erro de ambas foi o de superestimar a importância da difusão, mais flagrante no caso do difusionismo inglês que advogava a tese de que todo o processo de difusão originou-se no velho Egito.
Mas deixando de lado o exagero difusionista, e mesmo considerando a importância das invenções simultâneas (isto é, invenções de um mesmo objeto que ocorreram inúmeras vezes em povos de culturas diferentes situados nas diversas regiões do globo), não poderíamos ignorar o papel da difusão cultural.
Numa época em que os norte-americanos viviam um grande desenvolvimento material e os seus sentimentos nacionalistas faziam crer que grande parte desse progresso era resultado de um esforço autóctone, o antropólogo Ralph Linton escreveu um admirável texto sobre o começo do dia do homem americano:
[1] BENEDICT, Ruth. O crisântemo e a espada. São Paulo, Perspectiva, 1972.
[2] MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo, EPU/EDUSP, 1974. vol. II
[3] KEESING, Roger. News perspectives in cultural anthropology. Nova York, Holt, Rinehart and Winston Inc.
[4] A esse respeito conferir RIBEIRO, Darcy. Os índios e a civilização. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1970.
[5] WAGLEY, Charles& GALVÃO, Eduardo. Os índios Tenetehara. Rio de Janeiro, MEC, 1961. pp. 117-18.
[6] LEVY JR, Marion. The structure of society. Princeton, Princeton University Press, 1952. p. 190.
[7] Idem, Ibidem, p. 169.
[8] MURPHY, Robert. Derivance and social control. Kroeber Anthropological Society Papers, 1961. vol. 24. p. 60.
[9] BEALS, Alan. Antropologia cultural. Buenos Aires, Centro Regional de Ayuda Tecnica, 1971. pp. 248-50.
[10] LEVY-BRUHL, Lucian. La mentalité primitive. 10. ed. Paris, F. Alcan, 1925.
[11] LEVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. 2. ed. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1976.
[12] LARAIA, Roque B. Concepções de vida e morte entre os povos primitivos. In: Jornal de Pediatria, Vol. 37, fascículo 5/6, Rio de Janeiro, 1976.
[13] EVANS-PRITCHARD, E.E. Witchcraft. In: Africa. vol. 8, n. 4, Londres, 1955. pp. 418-19.
[14] NEEDHAN, Rodney. Introduction. In: DURKHEIM, E. & MAUSS, M. Primitive classification. Londres, Cohen & West, 1963.p. vii.
[15] MAUSS, Marcel. Oevres.Paris, Les Editions de Minuit, 1969. Vol. I. pp 28-29
[16] CARDOSO DEOLIVEIRA, Roberto. Mauss. São Paulo, Ática, 1979.

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